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domingo, 23 de setembro de 2007

Sesimbra volta aos anos 40

Os figurantes, cerca de 100, a maior parte deles pescadores genuínos da região e da época, ajudaram a dar realismo a toda a encenação.
A lota decorria em plena praia onde o peixe era exposto sobre a areia. Na azáfama, havia sempre os que tentavam roubar o peixe. Uma “tradição” que também marcou presença nesta encenação.
As mulheres dos pescadores, que ajudavam na arte em terra, passearam pela zona ribeirinha recriando as intrigas de uma população que vivia do mar. No Largo da Marinha foram ainda colcoadas algumas bancadas de venda de produtos regionais (mel, pão, leite, hortaliça).
A encenação incluiu a recriação de artes e ofícios tradicionais, jogos populares e a prática de Arte Xávega (uma espécie de arrasto manual). Os pescadores lançavam as redes ao mar e depois, a partir da praia, puxavam-nas para terra trazendo consigo o peixe. O esforço desta prática foi visível e havia mesmo na boca dos mais velhos a pergunta: “Alguma vez os mais novos faziam isto?”
Apesar do esforço, a rede veio praticamente vazia. Além de uma dourada incauta, dois ou três linguados e algumas cavalas de tamanho reduzido, só água escorreu da rede.
A contar já com este “imprevisto” a lota, onde o peixe era vendido em plena praia assim que os barcos chegavam da faina, foi preenchida com peixe pescado anteriormente.
Peixe espada e chaputa, foram os peixes esolhidos para recriar a venda. O trabalho colectivo dos pescadores resultava numa organização criteriosa da pesca. A pescada era apresentada em montes, a chaputa em caixas de madeira e o peixe-espada branco era estendido ao comprido no areal.
Um ritual que Sesimbra voltou a viver perante os comentários do público que lá iam dando indicações aos figurantes mais novos: “não é assim...”
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