Ministro da Defesa garante Arsenal do Alfeite

O Ministério da Defesa garantiu hoje "a continuidade do Arsenal do Alfeite" em Almada, os direitos e garantias dos seus trabalhadores e prometeu que o novo modelo de gestão visa "abrir outros mercados" e melhorar a sua competitividade.
As garantias foram dadas pelo ministério, em comunicado, depois de receber o relatório do grupo de trabalho encarregue de estudar os modelos de gestão e as propostas de modernização, cuja apreciação ficará concluída no início de Setembro.
O Ministério afirma que, nesta fase, assegura "a continuidade do Estaleiro do Arsenal do Alfeite e da actividade produtiva na sua actual localização", considerado "fundamental para a Marinha portuguesa e para o país".
Quanto aos direitos dos trabalhadores, o executivo afirma que os seus "direitos e garantias estão perfeitamente garantidos, ao abrigo do seu actual vínculo à função pública. A comissão de trabalhadores, que se queixa de falta de diálogo com o Governo, tem vindo a defender um "regime específico" para o Arsenal, permitindo que fique sob tutela do Ministério da Defesa.
Depois de Setembro, quando terminar a avaliação das propostas do grupo de trabalho, o Ministério da Defesa promete "apresentar os seus objectivos aos representantes dos trabalhadores". "Seja qual for o modelo de gestão escolhido, a privatização do Arsenal do Alfeite não é um dos objectivos do Ministério da Defesa Nacional", lê-se no comunicado.
Num debate no Parlamento, a 18 de Maio, o ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, já tinha dado a garantia de que a reestruturação do Arsenal, então em estudo, não significaria privatização. O PCP, por exemplo, defendeu que o Arsenal continue a ter a tutela do Estado, cenário que Severiano Teixeira não excluiu no debate de Maio na Assembleia.
O Ministério da Defesa promete desenvolver o Arsenal, admitindo criar "um centro tecnológico de excelência da indústria naval" e assim "contribuindo para o crescimento geral da economia nacional".