FUTEBOL: Novo modelo competitivo da II e III divisões.

As associações distritais aprovaram este sábado, em Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o novo modelo competitivo da II e III divisões, destacando-se as alterações nas "poules" de subida e descida de escalão, a aplicar na próxima época.
O novo modelo, aprovado com 331 votos a favor, 12 contra e 128 abstenções, mantém quatro séries na II divisão e seis na III, - a primeira fase continua igual -, mas altera a fórmula da fase final de subida (seis equipas, em mini-campeonato, por cada série) e descida (oito equipas, divididas em duas sub-séries, também por cada uma). "As que ficarem na zona de subida, conservam 50 por cento dos pontos obtidos na primeira fase e disputam entre si, em duas voltas, o campeonato.
As que descem ficam também com metade dos pontos e são agrupadas em duas sub-séries, a duas voltas, descendo as duas últimas equipas de cada uma delas e o pior segundo classificado das duas", explicou o presidente da Associação de Futebol de Leiria.
Segundo Júlio Vieira, mentor da proposta, criada em parceria com 19 associações, as sub-séries de descida terão em conta o coeficiente de pontos obtidos na primeira fase, sendo que de um lado estarão as equipas que se posicionarem em oitavo, 10º, 12 e 14º lugares e do outro as que ficarem no sétimo, nono, 11º e 13º postos.
Para as equipas que ascenderem à Liga de Honra na próxima temporada continuará tudo igual, sendo de prever que haverá alterações nos quadros competitivos para a época 2008/09, com o intuito de permitir que as vencedoras das suas séries possam disputar as competições profissionais. "Num passado não muito longínquo subiam e desciam quatro equipas. Porque é que isso não pode voltar a acontecer. Não é justo que subam apenas duas equipas, quando quatro ficam em primeiro lugar nas séries da II divisão. Essa matéria será para resolver ao longo da próxima época", defendeu Júlio Vieira.
No âmbito da proposta de regulamentação dos estatutos relativos à inscrição e transferência de jogadores, outro dos pontos da Assembleia Geral federativa, o documento foi aprovado com 468 a favor, 15 contra e 6 abstenções. O novo regime, que tem por base os regulamentos da FIFA e a legislação nacional em vigor, estipula que os jogadores com menos de 14 anos possam transferir-se livremente para outro equipa sem qualquer compensação financeira para o clube de formação.
Se o jogador tiver 14 anos ou mais terá que haver lugar a uma indemnização para a entidade formadora, baseada num coeficiente calculado pela FPF e que varia consoante a idade do futebolista.